terça-feira, 10 de maio de 2011

O PESO DA CRUZ


 
Durante o ministério terreno de Jesus, a expressão do seu pensamento, por suas falas ou atos, chocou de tal forma o mundo da sua época que Ele tornou-se um nome tão atrativo, seguido, desejado, amado,  quanto criticado, repudiado e rejeitado, até o ponto de ser  perseguido, preso, julgado, e condenado à morte.  Ao tempo que cultivava um seleto grupo de amigos, partícipes da sua vida diária, via florescer um número ainda maior de inimigos de todas as horas.
É um fato que a Sua mensagem enchia de esperanças o mundo que se achava em trevas, como fora dito por intermédio do profeta Isaías, mas o acender dessa luz, ainda que fosse esperada e desejada, especialmente pelo povo de Israel, chocava uns, deslumbrava outros e a muitos simplesmente encandeava, e ofuscava, deixando-os estonteados, aturdidos e obnubilados.
Mas, a mensagem do novo reino, era mais do que  profunda, marcante, contagiante, bela e esperançosa... Ela continha no seu âmago o choque da mudança, do arrependimento, e da transformação. Ela confrontava os valores terrenos e as vaidades humanas com os  poderes que se eternizavam no amor e na graça... E, pasmem, tudo isso passava pela compreensão do verdadeiro significado do crer na mensagem cuja consumação passaria pela cruz... Dor, agonia, sofrimento e morte...Mas, afinal, ressurreição!!!
Como compreender a cruz, apenas na teoria? Ele foi além ao dizer, “Tome a sua cruz e siga-me”.  Ensinou-nos a carregar o peso do crer, vivendo na prática a vida cristã.

Rev . José Salvador Pereira

A CIÊNCIA DE SER MÃE

Ah, saí da tua madre,

De repente, acordei no colo,

E ainda sem jeito,

Comecei a chorar desesperado,

Quando carinhosamente,

Acostaste-me ao teu peito,

E me alimentaste,

Eu ainda não sabia quem  tu eras,

Mas, pouco a pouco descobri quem és.

Tu és  cientista do afeto, do afago e do carinho,

Tu és cientista do falar mansinho e deleitoso,

Tu és cientista da criação sadia,

Tu és cientista no saber doar,

Tu és cientista no anular-te toda,

Para me veres feliz no caminhar,

Tu és cientista da esperança,

Dos beijos mais doces que esta vida tem,

Tu és cientista jovem, madura ou anciã,

Tu és cientista da minha segurança,

Tu és cientista da saúde e da educação, 

Tu és a cientista da paz, da fé e da esperança.

Tu és finalmente mamãe,

A cientista da ciência aprendida de Deus,

Da ciência escondida numa flor,

Da ciência que alimenta corpo e alma,


Com a sabedoria do viver e ensinar,

A bondosa doçura do amor!


A todas as mães  do mundo... Mães dos filhos, mães dos netos e dos bisnetos...

Especialmente à minha Regina,  in memoriam !

A nossa mais, singela e profunda gratidão... PARABÉNS!


 

Campina Grande- Paraíba, Brasil, 06 de maio de 2011

HARPAS PENDURADAS

Quando refletimos os escritos do Salmo 137, nos deleitamos com um dos mais belos e fascinantes poemas da história bíblica.  Alí, às margens dos rios da Babilônia, o povo se encontrava em circunstâncias de profundas perdas, sabia da sua Jerusalém saqueada, dos seus filhos mortos ou vivendo em cativeiro, que muitas de suas mulheres e filhas foram forçadas e violentadas, e acima de tudo,  via o seu Deus, desrespeitado e a sua adoração comprometida.
Este poema encantador,  retrata um misto de indignação e esperança, de choro e de reconhecimento da existência do Deus de Israel. Era um instante para refletir quanto ao motivo que os levara ao cativeiro. Era o momento que Deus certamente escolhera para trabalhar o coração do seu povo, e reorientar para uma nova trajetória.
Agora, ali estava , em terra estranha, fora do aconchego da sua casa, e longe do seu templo, onde deveria estar para oferecer o seu culto, a sua adoração, e cantar as suas canções... Os cânticos de Sião. Restava-lhe, portanto, o trovejar das  lamentações, o rolar das  lágrimas,  o desconsolo da saudade, e o esboçar de uma indignação tão justa quanto fervorosa pela opressão imposta pelo cativeiro.
Então, os que os havia levado em cativeiro, aqueles que os atormentavam, os inimigos do seu povo e do seu Deus, lhes pediam canções... ”Mas, como cantaremos o cântico do Senhor em terra estranha? ”(v.4)
Creio que não nos cabe ignorar o fato do cativos não haverem cantado e mesmo por terem pendurado as suas harpas. Eram eles que “sentiam na pele” toda a dor decorrente da situação... Uma coisa é saber da história, outra coisa é viver o problema. Mas, o foco deve estar em trazer à memória que apesar das circunstâncias,  Deus acompanha toda a trajetória dos seus filhos.
E quanto a nós, onde estão  as nossas harpas? Porque estão silenciosas? Qual o tipo de cativeiro que está nos impedindo de cantar as canções do Deus de Israel? Como temos encarado os nossos inimigos, e que resposta temos dado a eles, quando nos pedem uma canção?
Comparo aquelas harpas como a representação  da nossa vida. O salmista diz : “Serví ao SENHOR com alegria, e apresentai-vos a Ele com cânticos”(Sl. 100.2). Somos convocados pelo Senhor, seja qual for a situação, na alegria ou na tristeza, para apresentar a nossa vida como verdadeiras canções de esperança e fé. Devemos em todo tempo cantar canções, sejam de lamentos,  de contrição, ou de júbilo, não para alegrar o coração de homens e mulheres... Mas, sempre, sempre, sempre para o louvor  da glória de Deus.
Chegou o tempo  de cantarmos as canções da esperança, da liberdade, e do amor de Deus...Tiremos dos salgueiros as nossas harpas, e cantemos, pois, as canções da maravilhosa Graça do Deus, o SENHOR da nossa salvação. E Deus se agradará dos hinos e canções do coração do verdadeiro adorador.
Tocando as suas harpas e cantando louvores, sejam abençoados e prossigam para o Alvo – Jesus.

 Rev . Jose Salvador Pereira – Pres. Do Presbitério Central da Paraíba


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