sábado, 13 de agosto de 2011

GERAÇÃO CONTUMAZ E REBELDE

A morte da Juíza Patricia...
A morte da Juíza Patrícia, levou-me a pensar…
Quando olharmos no horizonte, num giro de 360 graus e descobrirmos que não há um justo sequer, que a família está falida, que a autoridade exige suborno, que o irmão caça o seu próprio irmão, que o filho despreza o seu pai, a filha se levanta contra a sua mãe, que a nora se levanta contra a sogra, que amigos se tornam traidores, e mais... Certamente teremos lido a visão do profeta Miquéias (7).
A minha geração nutriu e cantou em verso e prosa, a esperançosa plantação do amor e da paz. Sonhou com “águas tranqüilas e pastos verdejantes”, com a “liberdade, igualdade e fraternidade”, já apregoada por gerações anteriores. E, creu que “se depender de vós tende paz com todos os homens”
Fico a me perguntar... Em que tempo nós vivemos? Porque a minha geração continua a fazer jus a títulos como – “Homens de duras servis”; “Geração contumaz e rebelde”; “Geração impiedosa”; “Geração corrompida”
A mim, me parece que o Brasil aprendeu e transmitiu aos seus filhos as tristes lições da desconstrução e da clara inversão dos valores... Ou talvez, quem sabe, restou apenas a lição: do dizer e não fazer, do pregar e não viver.
Porque, me ensinaram a falar a verdade, se ao dizê-la, afastam-me, demitem-me, ou decretam a minha sentença de morte?
Porque, me ensinaram a não pegar no alheio, se os que pegam , são promovidos aos mundos da prosperidade e do prazer?
Porque, me ensinaram a não mentir, se os mentirosos galgam fraudulentamente as posições destacadas e o respeito no seio dos poderes terrenos?
Porque, me fizeram acreditar que a vida tem um valor inegociável, e que deve ser preservada acima de todos os demais valores terrenos, se a vejo voar inopinada, pelos motivos mais fúteis e fugazes?
Porque, me ensinaram, a cuidar, a proteger e a preservar a vida, e a cultivar as lições decorrentes do – Não matarás, se na minha geração, matar é apenas um episódio, um ato de brincar de poder, como se fora o ser humano um desprezível objeto sem valor?
Porque, tantas campanhas de desarmamento, se apenas as pessoas sensatas entregam as suas armas, enquanto o banditismo continua a comprá-las, roubá-las e contrabandeá-las, aos olhos do sistema de segurança do país?
Porque, as fábricas de armas continuam a fabricá-las e vendê-las aos milhares?
Porque o próprio sistema de segurança tem dificuldade de acesso a armamento adequado, enquanto a marginalia o obtêm às toneladas?
Trago à memória frases da pregação do profeta Habacuque, e pergunto... Porque, a destruição e a violência, estão sempre diante de nós, e contumazes suscitamos a discórdia, a contenda e o litígio? Ainda que “Por esta causa a lei se afrouxa, e a justiça nunca se manifesta; porque o ímpio cerca o justo e a justiça se manifesta distorcida.”? Hb. 1:4.
Porque, a mensagem de Jesus – “Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou;” tem sido tão repetida, e pouco vivida?
Porque, continuamos a usar a cavalgadura da vaidade, da prepotência a da arrogância, do egoísmo, em detrimento dos que esperam de nós, simplesmente um pão, um real, a mão estendida, um sorriso franco, um bom dia, ou que exercitemos honestamente o poder da assinatura que declare o direito a quem o tem?
Porque, somos considerados o país dos desperdícios, dos descasos, e do “jeitinho” enquanto nos negamos a oferecer uma escolta a uma autoridade repetidamente ameaçada de morte, e para esse fim os recursos não existem...? E, há muitas nesta situação.
Porque, aplaudimos o domínio dos bons pelos maus, a proliferar com a agilidade e a maledicência de uma incurável epidemia maligna?
Porque, investimos pouco nas forças regulares e permitimos o crescimento exorbitante das irregulares ( grupos, milícias, etc)?
 Finalmente, porque, continuamos a silenciar a voz da verdade, a enclausurar os bons costumes, a dar liberdade aos desonestos, a fazer apologia aos maus, a aplaudir a corrupção, a incentivar o vicio e fomentar o crime?
Copiando o poeta Jessier Quirino – “É porque, é porque, é porque...”
A cada dia, o pecado aumenta a distancia entre o homem e o seu criador, entre nós e o senhorio de Jesus Cristo. E assim, prosseguimos ombro a ombro, abrindo a guarda aos “pecados amigos” e em profundo silêncio frente à bandeira desfraldada pelos maus... E, à semelhança de Saulo por ocasião do apedrejamento de Estevão... Vamos pouco a pouco perdendo o papel de igreja e de fiéis... E, simplesmente consentimos na morte dos Estevãos, dos Josés, das Terezas e das Patrícias.
Que o SENHOR tenha piedade de nós, e nos recolha ao aconchego e à segurança do Seu aprisco.

Pastor José Salvador Pereira

Um comentário:

  1. nossa que palavra, esse e o mundo em que vivemos hj, fico pensando nos nossos parentes que ja se foram, eles jamais imaginariam tal coisa terrivel acontecendo nos dias de hj, me imagino na minha infancia como o mundo era diferente , e a cada dia vai piorando mais, como ficara nossos filhos nesse mundo corrompido , o q nos resta e esperar a volta de cristo, e q ele venha logo. beijos querido e ta lindo seu blog, vou divulgar.

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