terça-feira, 12 de julho de 2011

ENTRE AS GLORIAS E A VAIDADE

   

         O palácio de Nabucodonosor, rei da Babilônia, nos tempos de Daniel, assim como todo o conjunto da cidade estado, faria inveja, hoje, a qualquer mandatário moderno. Do ponto de vista meramente humano, esse império era tão exuberante – seus sábios, videntes, astrólogos, magos, sua beleza, sua arquitetura, seu paisagismo, caracterizado pelos jardins suspensos, registrados na história como uma das sete maravilhas do mundo antigo. Toda essa grandeza embriagou o rei, que em momento de euforia, quando passeava pelo palácio real, disse: “Não é esta a grande Babilônia que eu edifiquei para a casa real, com a força do meu poder, e para glória da minha magnificência”? Dn 4:30. O poder, as vezes embevece, embriaga e pode até enlouquecer,mas quando dado  por Deus e utilizado sob sua orientação, faz a diferença, transforma-se em graça e alcança o coração do próximo.
          É bom lembrar que isso aconteceu 1 ano após a profecia que lhe fora proferida por Daniel indicando que o rei deveria por fim aos seus pecados, “Portanto, ó rei, aceita o meu conselho, e põe fim aos teus pecados, praticando a justiça, e às tuas iniqüidades, usando de misericórdia com os pobres, pois, talvez se prolongue a tua tranqüilidade.Dn 4:27.
         Deus dera a ele tempo ultra suficiente para se arrepender, não o fez, tinha olhos somente para a “sua glória,” pensamentos voltados para o “seu poder”, e para as “suas obras”. Os seus ouvidos, dispostos tão somente a ouvirem os elogios que fariam bem à sua alma vaidosa... Então uma voz do céu disse: “passou de ti o reino” (Dn 4:31). Agora era tarde.
É bem provável que já tenhamos sido instados pela Palavra a nos arrependermos, e nos voltarmos para Deus, a adorá-lo, e a crermos em Jesus como nosso salvador,  mas até agora os nossos ouvidos só escutam louvores aos nossos feitos e elogios para às nossas obras. Deixemos de pensar nas obras de aparências majestosas que realizamos, e pensemos na grandiosa e magnificente obra que Deus quer fazer na nossa vida, para a glória d’Ele, o criador, que nos ama, e que concebeu, montou, estruturou e executou o projeto da nossa redenção. Não festejemos, nem busquemos elogios ou glórias para os nossos feitos, festejemos sim, a alegria da expressão do amor de Deus em Cristo, valor que nos conduz aos palcos da eternidade.   

                     Rev. José Salvador Pereira                                     
                                                                       

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